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Software Livre – Você sabe o que significa?

Software Livre

bidelaGNUQuando estava cursando a faculdade de Sistema da Computação, o nosso orientador em OS pediu que realizássemos um trabalho individual sobre software livre.

Em uma pesquisa breve podemos encontrar vários termos ligados ao conceito, mas se observarmos cada regra de negócio desses conceitos, poucos se enquadram no termo Software Livre. Porque o conceito de software livre está embasado em quatro diretrizes.

  • Diretriz 0 – Executar o programa para qualquer propósito;
  • Diretriz 1 – Estudar como o programa funciona, e adaptá-lo às suas necessidades (acesso ao código fonte);
  • Diretriz 2 – Redistribuir, inclusive vender e copiar de modo que você possa ajudar o próximo;
  • Diretriz 3 – Modificar e liberar as modificações para que toda a comunidade se beneficie.

Ao contrário do que eu pensava, o termo software livre e bem diferente de software grátis, na terceira diretriz informa que posso vender, mas então me pergunto. – Não é livre? Foi um pouco difícil de entender essa possível controvérsia, mas analisando os documentos, é tudo muito bem claro.

Você pode alterar ou vende-lo, mas aquele que compra pode fazer o que bem entender, dês que seja respeitada as regras GNU, que são normais que padronização, ou melhor, que garante que os softwares sob essa licença possam ser utilizados, distribuídos, comercializados desde que respeite alguns requisitos.

GNU

É um sistema operacional tipo Unix cujo objetivo desde sua concepção é oferecer um sistema operacional completo e totalmente composto por software livre – isto é, que respeita a liberdade dos usuários. Foi iniciado por Richard Stallman, em 1984, e sua filosofia e Licença Pública Geral (do inglês, General Public License (GPL)) formam o foco original da Free Software Foundation.

Conceitos e Definições

Para que estas liberdades possam ser mais bem entendidas e usufruídas, alguns conceitos devem ser explicados, um deles é a definição de código fonte.

Código Fonte:

Este por sua vez, é um conjunto de palavras ou símbolos escritos de forma ordenada em uma determinada linguagem de programação, é comum a todos os programas conter as características de funcionamento dos softwares.
Muita gente confunde o software livre com software público, no entanto existem algumas diferenças entre eles. A seguir suas respectivas definições que evidenciam bem a diferença.

Software Livre:

Combinado com licenças como a GPL garantem a autoria do desenvolvedor ou organização.

Software de Domínio Público:

Regido pelas leis de cada país, onde um trabalho que possui autoria torna-se bem comum.

GPL

Citamos na definição de software livre a licença GPL, ou General Public License – Licença Pública Geral, esta baseia-se nas quatros liberdades, está redigida em inglês e não aceita traduções para evitar deturpações por uma tradução errônea e garante entre outras coisas, a autoria do desenvolvedor e impede a apropriação por terceiros.

Como exemplos de Softwares Livres podemos citar:
  • GNU/Linux: Sistema Operacional livre desenvolvido por Linux Torvalds em 1991.
    Não necessita de licença de uso, bastante conhecido por sua estabilidade, segurança e bom desempenho em computadores antigos.
    Mais informações sobre em GNU/Linux  ou em VivaLunix.
  • Moodle: Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment é um Ambiente Virtual de Aprendizagem, bastante utilizado em universidades e empresas que oferecem cursos a distância é uma plataforma virtual de interação entre professor e aluno que reuni diversas funcionalidades, tais como chats, wikis, fóruns etc.
    Mais informações em Moodle.
  • BrOffice: é um conjunto de programas para escritório semelhante ao Microsoft Office, porém este não necessita de licenças de uso para utilização, reúne software processador de texto (Writer), planilha eletrônica (Calc), programa para apresentações (Impress), banco de dados (base) entre outros.
    Mais informações em BrOffice.

Esses são alguns dos programas, vamos dizer os pioneiros, que são registrados pela licença GPL. Porém, a cada dia mais e mais programas são desenvolvidos para serem utilizados, alterados e estudados livremente pelos usuários, seja eles empresas, governo ou por pessoas em suas residências, o Software Livre é uma realidade e que tende a crescer cada vez mais, o próprio governo, tanto federal como do estado, exemplos Ceará, Rio de JaneiroBahia e entre outros estados estão desenvolvendo projetos e políticas de migração para software livre. O Brasil tem um movimento muito forte a esse respeito SoftwareLivre.org.

Como profissionais, não podemos fechar os olhos para estas tecnologias abertas, mas sim entendê-las para que possamos manuseiar da melhor forma e inevitavelmente integrá-la com as tecnologias proprietárias em nosso ambiente de produção.

O projeto bem elaborado e planejado com software Livre, com parceiros que estão dispostos a oferecer um ótimo serviço e soluções alternativas e não em só lucrar, com uma equipe coesa e disposta a novos desafios, é possível reduzir todo investimento tecnológico na área de TI para 66%, e dependendo da Organização, estamos falando de alguns milhões. Claro que para isso acontecer, temos que sair de nossa zona de conforto de só delegar, e começar a colocar a mão na massa, encarar os fatos e assumirmos nossa responsabilidade. Mudar a forma que os diretores hoje enxergam a área de Tecnologia da Informação, que só geramos gastos e custos, e mostrar que TI pode sim, oferecer tecnologia de ponta com custo bem reduzido e um ótimo retorno tecnológico e operacional. Afinal só se lembram do nosso setor quando algum problema ocorrer, por que não ser lembrado pela econômica e lucros que podemos gerar?

Quer saber mais;
Fontes:
SoftwareLivre
VivaLinux
GNU
br-Linux

Até.

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