Verificando se o nosso servidor NTP está sincronizando corretamente
Continuando do passo anterior… Bom, depois de tudo realizado até aqui, precisamos adequar o sincronismo de modo que não tenhamos surpresas em sua utilização.
Aqui teremos alguns comando para mantermos e termos certeza que nossa configuração está operando como era pretendido. Precisam ler esse tópico com muita atenção, porque é aqui que termos as informações necessárias para diagnosticar problemas de sincronismo entre o nosso servidor local e o remoto.
Índice
- Introdução
- Instalação NTP Server Linux
- Instalação NTP Server Windows
- E suas configurações
- Verificando Sincronização Entre o Servidor Local e o Servidor NTP Remoto
- Configurando NTP Cliente, Linux e Windows
- Considerações
Depois de salvar (gravar) o arquivo, não vamos reiniciar o serviço ainda. Primeiro vamos parar o servidor NTP (caso esteja rodando) e sincronizar o horário do nosso servidor NTP. Para isso usaremos os seguintes comandos:
Parando serviço:
service ntp stop
Sincronizar data e hora dos nossos servidores com os servidores horário atômicos:
ntpdate a.ntp.br
Reiniciando o serviço NTP:
service ntp start
Para verificarmos se os servidores ao qual estamos tentando sincronizar estão fornecendo respostas ao nosso servidor NTP, e se ele está sincronizando o horário corretamente, precisaremos executar o comando de consulta. O resultado é atualizado constantemente nos dois primeiros dias de sincronização, pois as informações de frequência ainda estão sendo atualizadas no arquivo ntp.drift.
Comando de verificação quanto a sincronização:
ntpq -p
O resultado deve variar, mas pode ser como o abaixo:
Remote refid st t when poll reach delay offset jitter
==============================
a.ntp.br .INIT. 16 u - 64 0 0.000 0.000 0.000
ns2.ansp.br .STEP. 16 u 482 64 0 0.000 0.000 0.001
titan.cais.rnp. .STEP. 16 u 34m 64 0 0.000 0.000 0.001
b.ntp.br 200.20.186.76 2 u 32 64 1 20.664 -1.971 0.001
c.ntp.br .STEP. 16 - 64 0 0.000 0.000 0.000
Podemos reparar que os servidores estão marcados como INIT e STEP. Isto acontece, pois nosso servidor é recém configurado e ainda está atualizando as frequências com os servidores NTP de referência. Após alguns minutos a resposta poderá ser como abaixo:
remote refid st t when poll reach delay offset jitter
================
a.ntp.br .INIT. 16 u - 64 0 0.000 0.000 0.000
*ntp.ansp.br 200.192.232.8 3 u 41 64 7 11.962 -65.677 26.804
+titan.cais.rnp. 26.29.7.231 2 u 36 64 7 15.542 -45.002 23.074
+b.ntp.br 200.20.186.76 2 u 38 64 7 17.908 -44.850 22.019
c.ntp.br .INIT. 16 u - 64 0 0.000 0.000 0.000
Entendendo a Resposta do NTPq
Após utilizar o comando acima, com certeza queremos saber por que alguns servidores possuem um caracter antes do endereço, chamados de Tally Codes. Os Tally Codes podem variar entre * (asterisco), + (soma), x. Vamos entender qual o significado desses símbolos e qual a função dos itens st, t, when, poll, reach, delay, offset e jitter:
Entendendo os caracteres ou tally codes:
* – system peer, servidor escolhido como principal referência;
+ – candidat, servidor utilizado, porém com menor peso;
x – falsetick, servidor descartado por alguma incoerência verificada na execução do algoritmo de sincronização;
– – outlier, servidor funcional, porém geograficamente distante. A distância pode afetar na sincronização;
. – excess, se existir mais de 10 servidores de referência configurados, então os que não estiverem entre os 10 melhores receberão esta marca;
# – selected, porém não está entre os 6 principais servidores NTP de referência;
– se não houver marcação, então o servidor de referência foi descartado por não estar respondendo.
Verificando as demais informações:
st – o ideal é 1 ou 2, pois o estrato 0 é destinado às fontes dos servidores NTP de referência. 16 significa que não está sincronizado;
when – tempo (em segundos) da última consulta;
poll – tempo (em segundos) entre uma consulta e outra;
reach – transformação em decimal do resultado das últimas consultas. 377 mostra que não houveram falhas;
delay – tempo (em milissegundos) de demora entre consultas;
offset – medidas de deslocamento (em milissegundos), é a diferença de tempo entre nosso servidor NTP e o servidor de referência;
jitter – ou variação, utiliza o offset para informar desvio ou erro do servidor NTP de referência.
Outra maneira de consultar a situação do seu servidor NTP é através do Syslog, para isso utilize o comando abaixo:
tail -f -n 30 /var/log/syslog | grep ntpd
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